segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Quando começam as viradas

 

                                    

Uma assistência mágica para Vegetti no primeiro gol, de cobertura e com cavadinha, e depois um gol de primeira, de voleio, pra sacramentar a vitória por 2 a 0 com a melhor atuação desde a volta justamente no único jogo do ano escolhido para assistir ao vivo com os filhosum de 13 e outro de 11 anos, os dois vendo pela primeira vez na vida, bem em frente a esses dois lances lindos, o Philippe Coutinho.         

Passado o drama de 2023, conquistada a permanência na Série A, parecia que 2024 seria um ano de continuidade, com Dom Ramon y su hijo a trabalharem mais tranquilos na formação do time e grande expectativa em cima de Payet, um dos salvadores da pátria em 2023, quando estava um pouco gordinho, e que se apresentou no início de 2024 tendo se preparado nas férias, seco, fininho. Um gol de placa do francês contra o Bangu logo em janeiro deu muita esperança, mas no mesmo jogo o Medel ajudou a arbitragem mais que tendenciosa a inventar um pênalti no finzinho, mostrando que a turma veterana casca-grossa ferrabrás formada pelo trenero también veterano y casca mais grossa ainda pra livrar do rebaixamento na raça, na camisa, do jeito que dava, já tinha excedido seu prazo de validade.

O Carioca ainda teve a vitória de 4 a 2 sobre o Botafogo, mantendo o hábito salutar e cortês de meter quatro no rival carioca que viria a ganhar no ano a Copa do Brasil Libertadores, hábito esse iniciado em 2019, contra um certo supertime turbinado por apitos, vares e colírios, e mantido em 2023, contra o futuro campeão da Liberta Nutelinha, um jogo só na final, e em casa. No fim do Cariocão, no entanto, ficou a decepção histórica de pela primeira vez, em se tratando de mata-mata, ser eliminado por um time dos chamados pequenos, no caso, o brioso Nova Iguaçu.

O início claudicante no Brasileiro, apesar da vitória inaugural contra o Grêmio, no Caldeirão, sacramentou a saída de Dom Ramon após uma goleada daqueles inadmissíveis, de 4 a 0 para o Criciúma dentro de São Januário. Antes, quando o time já dava a certeza que Ramon y su hijo tinham perdido a mão, aconteceu o primeiro milagre do ano, a não eliminação na segunda fase da Copa do Brasil depois de abrir 2 a 0 e tomar a virada dentro de casa para o Água Santa, finalista do campeonato paulista. Um gol salvador de Piton, nos acréscimos, e o início do bom desempenho nos pênaltis garantiram a continuidade na competição que viria a ser a mais importante do ano.

Entrou Rafael Paiva como interino e, contra todas as previsões previsíveis dos ditos especialistas, o Vasco eliminou o bom time do Fortaleza na Copa do Brasil, com grande atuação de Léo Pelé na ida, no Castelão, e um jogaço na volta, 3 a 3 no Caldeirão, com nova vitória nos pênaltis e grande noite, entre outros, de Piton, Payet, Pumita, Vegetti e Léo Jardim. Nisso já tinha acontecido o segundo milagre. Alçado à Presidência do CRVG com o apoio de uma maioria esmagadora de apoiadores da inacreditável 777, inclusive alguns privilegiados que tiveram a rara oportunidade de ler o contrato da nossa SAF sem plata, Pedrinho e sua diretoria conseguiram, numa manobra jurídica, retomar o controle do futebol do clube e, dessa maneira inesperada, salvar o Vasco da bancarrota generalizada de nossos investidores falidos, denunciados e investigados, mas não pela mídia especializada tupiniquim.

Hoje são fartas, escandalosas as evidências do quanto foi enganosa, desde o início, a tal da 777, do quanto foi prejudicial ao Vasco esse negócio tido como única solução por toda a mídia corporativa dita especializada e por quase todos os pseudojornalistas das mídias sociais de hoje em dia. O processo foi rápido, atropelado, carregado de suspeitas e com um gritante conflito de interesses envolvendo o sujeito que mandava de fato no Vasco na época e “descobriu” essa empresa que ninguém conhecia, sujeito, diga-se de passagem, sabida e notoriamente flamenguista, mas tudo foi naturalizado por narradore(a)s, repórteres e comentaristas, inclusive por especialistas, ditos, em grana, economia, todos bradando em uníssono que a 777 era salvação, o único caminho.

E agora, quando mais do que claro está o que era a grande empresa 777 hoje desaparecida, uma empresa que não pagou nada da dívida do clube, que nada mais fez durante sua “gestão” do que rodar os recursos que o Vasco já recebia por ser o Vasco, verbas de TV, de publicidade, de venda de jogadores, e fazê-los rodar por seus paraísos, depois da manobra de Pedrinho e sua diretoria, essa mídia que nada viu de errado, que só incentivou o acordo com a 777 e a porta giratória do executivo flamenguista, do Vasco pra 777, com carta branca pra dispensar Paulinho por menos dinheiro do que aceitou pagar (em prazos longos, a perder de vista) por Léo Pelé, Pedro Raul e Orellano, a mídia agora assovia pro alto como se não fosse com ela, e continua a tratar do tema como se a culpa de tudo fosse só do Vasco, sem contestar nada do processo de escolha da empresa, do conflito de interesses do flamenguista, das decisões de contratar Orellano e não Paulinho, nada, tudo tranquilinho, e como uma última cartada da 777 no Vasco, presente de grego deixado pra Pedrinho, veio o treinador português da boina, pra fazer com que o ano de 2024 fosse mais um daqueles para homenagear com nossa gratidão eterna o inesquecível, artilheiríssimo Russinho.

Quatro gols fez Russinho no 7 a 0 em cima do nosso primeiro vice, no nosso primeiro campeonato, em 1923. E no ano dessa goleada, 1931, o 7 a 0 foi, curiosamente, a sétima de oito vitórias seguidas do Vasco em cima do varmengo, entre 1928 e 1931, até hoje o recorde do confronto, assim como o recorde de invencibilidade, seis anos, a maior goleada, o artilheiro da história, o artilheiro de um jogo só e passa a régua. E se a goleada deles na estreia do boina não foi de sete, nem a zero, foi também com um jogador a mais durante todo o segundo tempo e um pouco do primeiro, enquanto a nossa foi no 11 contra 11, tudo limpinho.

Outra amenizada em mais esse vice do rival das papeletas amarelas, vice de maior goleada, foi a notícia confirmada do terceiro milagre, esse dos mais inesperados, porque ninguém esperava, nem o vascaíno mais otimista, que o ano de 2024 seria o da volta ao Vasco, simplesmente, de Philippe Coutinho. Aos 32 anos de idade, com muita lenha pra queimar ainda, o maior craque brasileiro da história da Premier League retornou porque quis e ainda trouxe de volta outros dois crias, Souza e Alex Teixeira, esse reparando uma injustiça cometida no fim de 2023, insuflada pelos especialistas de sempre da mídia, Só os rumores da volta, antes de Coutinho confirmar que vestiria de novo a camisa do clube, já renderam uma energia extra ao time, que logo estava sendo comandado novamente por Paiva, num jogo com boicote de torcida, com São Januário quase vazio, à noite, muitos desfalques no time, tomando o gol do São Paulo e conseguindo não só a virada, mas uma goleada de 4 a 1.

Os rumores foram se confirmando, com o próprio Coutinho, em carne e osso, chegando no aeroporto e afirmando que todo mundo sabia que, sim, ele tava voltando. Aí, pra não ficar assim muito evidente a inveja de alguém desse nível nunca voltando aos 32 para o queridinho, teve alguma cobertura festiva, com funk e tudo, da mídia corporativa, mas sempre com ressalvas, sobre contusões, sobre o custo-benefício, como se a volta de Philippe Coutinho ao Vasco, aos 32 anos, pudesse ser de alguma forma uma má notícia para vascaínas, vascaínos e vascaínes. E para isso retomou-se a campanha de ódio injustificável contra Souza e contra Alex Teixeira, com robôs xingando e ameaçando nas redes sociais e comentaristas ajudando e focando críticas nos dois, num modus operandi que este blog aqui só pode compreender como ódio supremo, incontrolável, a tudo que vem do Vasco, aliado à esperança de criar rixas, conflitos, de tumultuar o ambiente.

Só que os ventos trazidos pelas boas notícias, da volta iminente dos crias, deixavam o ambiente mais leve em São Januário e no CT Moacir Barbosa, e o time emendou quatro vitórias seguidas no Brasileiro depois de 12 anos sem fazer isso. Dois a zero no Fortaleza em casa, depois 2 a 1 no Inter no primeiro jogo depois da enchente, no retorno ao Beira-Rio. Em seguida veio o descarrego, a vitória, enfim, depois de 14 anos de braço na bola, pênaltis não marcados e gols legais anulados, contra o Corinthians, com belo gol de Piton e golaço de Sforza, e pra sacramentar mais um golaço de David pra ganhar do Atlético Goianiense fora de casa, justamente o adversário das oitavas de final da Copa do Brasil indicado pelo sorteio, e tudo isso antes da reestreia de Coutinho.

E calhou de ser difícil a volta, três partidas fora de casa seguidas no retorno de Philippe Coutinho, derrotas para Galo e Grêmio e um empate salvador da dupla Piton-Vegetti no jogo de ida contra o Dragão. Nesse jogo, a propósito, Coutinho até que começou a dar mais o ar de sua graça, mas sentiu um pouquinho, câimbra no abdômen, pareceu. Nada que o tirasse do jogo seguinte, a reentrada, finalmente, no solo sagrado de São Januário, contra o Bragantino. No dois a dois que teve gol de Adson e o primeiro como profissional de GB, Coutinho entrou no segundo tempo e foi bem, desenvolto, evoluindo, mas num treino dois ou três dias depois do jogo, Coutinho sentiu e aí durou mais tempo, emendou com um covid e nosso craque ficou de fora das decisões da Copa do Brasil.

Na primeira delas, com Caldeirão lotado contra o Dragão, foi chorado, um gol quase sem querer de Lucas Piton com a bola meio que murchando e desviando de dois zagueiros e do goleiro, devagarinho. Contra o Furacão foi mais tenso ainda. Pela terceira vez foi nos pênaltis, e pela terceira vez nossos cobradores não erraram, e nosso goleiro compareceu, depois de assistência de peito de Rayan e chutaço no ângulo, sem deixar quicar, de Puma Rodrigues, e de Hugo Moura virando no finzinho, e depois Rayan expulso no primeiro tempo na arena atapetada deles com 2 a 0 contra e a eliminação pertinho. Então cruzou Piton, mais uma vez na cabeça ou nem tanto do Vegetti, que deu mais uma vez seu jeito para se igualar ao saudoso, folclórico e lendário Valdiram, primeiro e até então único artilheiro isolado da Copa do Brasil com a camisa do Vasco, com os mesmos sete gols do argentino. 

Mais de um mês ficou de fora do time o Coutinho, e voltou pra ficar no banco, no Maracanã e contra, vejam vocês, o superpoderosamentevarturbinado flamengo. Um massacre, como sempre dizem narradores, repórteres e comentaristas nos últimos anos, não importa o placar, quando o jogo é Vasco x flamengo, um baile do mengão, claro, e assim estavam dizendo todos eles no primeiro tempo, que terminou 0 a 0, e durante quase todo o segundo, antes e depois de Gérson abrir o placar e antes e depois de entrar em campo, no lugar de Payet, o Coutinho.

Rayan então fez boa jogada pela direita, desde o campo do Vasco, e lançou na esquerda pra Emerson Rodrigues que cambou pra lá, bailou pra cá e revirou o jogo pra direita, pra Pumita, que chegou cruzando forte e baixo, na medida certa da testa do Camisa 11 que vinha na corrida, no embalo, e só cumprimentou, e imaginem todos agora o narrador ou narradora, repórter ou comentarista apaixonado tendo que engolir e narrar, e comentar e não xingar pelo fato de ter sido o queridinho, justamente, a levar o primeiro gol da volta do Coutinho, e um gol que ainda por cima tirou do time deles dois pontos, quando todos eles ainda sonhavam com título.

Depois, na semifinal da Copa do Brasil contra o Galo, no jogo de ida na casa deles, novamente Emerson Rodrigues bailou e bagunçou pela esquerda e serviu ele, Coutinho, que entrou na área driblando e tirando do goleiro para abrir o placar. Dois gols agora na volta, um contra o maior rival, o primeirão, no Maraca, e o outro no jogo mais importante do ano até ali, e assim começava a retornar ao Vasco o Philippe Coutinho. Mas o Galo virou, com Paulinho, e no jogo da volta, apesar de Vegetti garantir de vez a artilharia, Hulk acertou um chute e dali o time desandou.

Com a exceção de uma vitória chocha contra o Cuiabá e outra rara grande atuação de Payet, fazendo dois, um deles golaço, contra o Bahia, vieram algumas derrotas seguidas, voltou a vaga, pequena possibilidade de rebaixamento e com isso caiu o Paiva, e quem assumiu na reta final, como interino, foi o Felipe. Cria na Presidência, crias voltando e como treinador, para encerrar a temporada, mais um cria. E se Souza realmente não conseguiu se destacar e ainda teve a infelicidade da expulsão contra o Juventude, Alex Teixeira teve o seu momento na temporada, um jogo quase como aquele do Operário na Batalha de Ponta Grossa, quando o time, no primeiro jogo do Felipe, tomou 2 a 0 do Atlético Goianiense dentro de São Januário, e então entrou o velho cria.

Uma assistência de Maradona ou Messi, porque o Alex Teixeira passou por três, quatro, driblando e correndo e tocando em fração de segundo para o suíço gente boa que caiu de paraquedas na colina diminuir: e depois de novo ele, Alex Teixeira, com arranque de Romário, daqui prali dentro da área em centésimos pra chegar antes do goleiro, empatar e livrar definitivamente da queda, conseguindo o pontinho que na rodada seguinte, garantiria a Sula com nova boa atuação dele, Alex Teixeira, mas nesse jogo não tem como não destacar o Coutinho.

Uma assistênciamágica para Vegetti no primeiro gol, de cobertura e com cavadinha, e depois um gol de primeira, de voleio, pra sacramentar a vitória por 2 a 0 com a melhor atuação desde a volta justamente no único jogo do ano escolhido para assistir ao vivo com os filhosum de 13 e outro de 11 anos, os dois vendo pela primeira vez na vida, bem em frente a esses dois lances lindos, o Philippe Coutinho. E num jogo que garantiu a volta a um torneio continental depois de cinco anos e deu esperança de um time em 2025 com os crias cada vez mais se condicionando, entrosando, engrenando, e o sonho cada vez mais se consolidando. Coutinho voltou, aos 32, e isso é lindo.

Pitacos em itálico

Foram 922 os votos que pensaram como o(a) profissional da mídia esportiva e escolheram, como pior contratação, o Coutinho, e o pior é que pelo menos uns 20 desses votos devem ser de gente que se diz vascaína. O resto, com certeza, é o voto natural de flamenguistas, tricolores e afins, para quem a volta do Philippe Coutinho ao Vasco aos 32 anos de idade é a pior contratação do ano, claro. 

É Tetra!!! Pode gritar Galvão Bueno, Pelé do além e toda a torcida vascaína, porque o fim deste ano reservou mais um torneio continental para o futebol do Vasco. Futebol de areia, ou beach soccer, pra ficar mais global, afinal o Vasco é o primeiro campeão mundial de clubes da categoria e no domingo, 8 de dezembro, venceu por 5 a 2 o Sportivo Luqueño em Luque, no Paraguai, para ampliar sua vantagem como maior campeão sulamericano da praia ao conquistar a Libertadores pela quarta vez em sua história. Teve dois gols de Bokinha, teve até gol de Catarino, ídolo, para o adversário, e teve o gosto especial de tirar o varmengão da disputa, porque o Vasco conseguiu a classificação para representar o Brasil na Libertadores ao vencer o flamengo na final da Supercopa do Brasil de Beach Soccer em Brasília, em setembro, por 5 a 4, mantendo o rival com o total de zero títulos internacionais na categoria.

E por falar em Libertadores, foi de novo a taça mais cobiçada pelas torcidas do continente usada pelos deuses da Bola pra pregarem das suas, dessa vez não só com o queridinho da mídia esportiva carioca corporativa, mas também com seu escada, assistente, Robin, Ringo ou Dedé Santana, o fluzão agraciado com a Libertadores Nutelinha de 2023, que lutou pra não cair o Brasileiro inteiro e viu seu maior rival, logo no ano seguinte de sua inesquecível conquista dentro de sua casinha (porque estádio alugado, tungado, não é casa, é casinha), tomar dele a condição de detentor da Taça de maneira muita mais épica e ganhando junto, intercalado, o Brasileiro, e nisso num recado direto dos deuses da Bola aos torcedores do queridinho, que com seus sonhos de grandeza, endossados por eles mesmos, da mídia, viram dois de seus rivais diretos ganharem também a Libertadores que eles tanto prezam e valorizam, mesmo com Wright, com expulsão de jogador adversário no primeiro tempo da final ou com carrinho de pé mole de argentino, com o detalhe de que tanto fluzão quanto fogão, nas suas campanhas de título, eliminaram com certa facilidade os adversários internacionais, Olimpia e Peñarol, que tinham acabado de eliminar o supervarmengão do apito, queridinho. Em suma, mais um dos recados futebolescos divinos que querem dizer, no fim das contas, que diferente mesmo é ser o primeiro de todos, no mundo, ou ganhar essa Libertadores no ano do Centenário. No ano, não. No mês. Não, campeão da Libertadores na semana do Centenário e isso, juntando com o Sulamericano de 1948, como afirmaram de novo esse ano os deuses da Bola, por suas linhas tortas, só vascaíno.

O(a) profissional da mídia esportiva corporativa torcedor flanático ouviu no meio do ano os primeiros rumores e claro que não acreditou. Só podia ser sonho, de novo, de vascaíno, pensou ela(e) que mesmo nos tempos áureos de Liverpool jamais perdera a oportunidade de minimizar, invisibilizar ou mesmo criticar Coutinho. A venda estratosférica do Liverpool ao Barça, até hoje a terceira maior da história, não valia a pena, na opinião desse(a) profissional que tanto criticou no Barça, ele campeão espanhol, quanto no Bayern de Munique, onde o cria da Colina foi campeão da Champions, marcando dois gols no 8 a 2 contra o ex-time da Catalunha. Devolvido pelo Bayern ao Barça, Coutinho ensaiou a volta aos áureos tempos com algumas boas atuações no retorno à Premier League, no Aston Villa, mas acabou se contundindo perto da Copa do Mundo e daí, para felicidade e realização profissional d(a) profissional flanática(o) da mídia esportiva, o ex-aluno do Colégio Vasco da Gama caiu, de fato, de patamar, saiu da Europa, foi para o Catar e a(o) profissional da imprensa corporativa nunca iria imaginar que todo o trabalho de apagamento, de naturalização de verdades inquestionáveis das mais questionáveis, como, por exemplo, a que diz que Paquetá é melhor que Philippe Coutinho, que tudo isso faria uma hora com que o craque parasse, pensasse  e falasse, sozinho ou acompanhado: quer saber? Vou voltar pra Colina.

E depois de tremer, só um pouco, um tremelique quase imperceptível ao ver o Coutinho chegando no aeroporto e falando que todo mundo já sabia, o(a) profissional da mídia corporativa esportiva viu ele fazer o gol da volta tirando dois pontinhos preciosos do time dele(a), queridinho, e depois de ver a atuação contra o Galo, depois de tanto tempo parado, ainda fora de forma, teve a ideia de encher o espaço do site esportivo com uma enquete sobre a pior contratação da temporada entre os clubes da Série A, e não teve a menor centelha de dúvida, pelo contrário, teve certeza absoluta, claro, ao incluir entre a opções de voto, o Philippe Coutinho, que não ganhou, mas, vejam vocês, ficou em quarto lugar na enquete, bem à frente, por exemplo, de Renato Augusto. Foram 922 os votos que pensaram como o(a) profissional da mídia esportiva e escolheram, como pior contratação, o Coutinho, e o pior é que pelo menos uns 20 desses votos devem ser de gente que se diz vascaína. O resto, com certeza, é o voto natural de flamenguistas, tricolores e afins, para quem a volta do Philippe Coutinho ao Vasco aos 32 anos de idade é a pior contratação do ano, claro. 

domingo, 24 de dezembro de 2023

Linhas tortas


Depois do golaço com desvio de Paulinho e do empate do Bragantino, veio o alívio com nova grande jogada de Paulo Henrique e o cruzamento para o predestinado Serginho, e no ano em que os deuses da Bola manifestaram mais uma vez sua predileção, dessa vez por linhas tortas carregadas de repetições e ironias, o Vasco não caiu.

Obrigado, Alex Teixeira, Andrey Santos, Bambu, Bruno Praxedes, Cauã Barros, Erick Marcus e Figueiredo. Graças a Gabriel Pec, a Galarza, a Jair, a Léo Pelé e muito obrigado a Léo Jardim! Valeu, Maicon, Marlon, Mateus Cocão, Medel, Miranda, Orellano, Paulinho e Paulo Henrique! Gratidão a Payet, a Pedro Raul, a Piton, Puma, Rossi, Sebá e pra sempre seja louvado, Serginho! Toda honra e toda a glória ao nosso artilheiro Vegetti e palmas eternas a Zé Gabriel, para todos pela raça, pela entrega, pela virada quase impossível no ano que já começou importante, pelo Centenário do primeiro título, no primeiro campeonato dos Camisas Negras, e ficou mais importante ainda logo no oitavo dia, quando, exatos 10 dias depois da subida do maior de todos os camisas 10, Pelé, também vascaíno, quem se juntou lá em cima aos deuses da Bola foi o nosso maior de todos, maior do Brasil e do Rio. E viva, Roberto! Pra sempre Dinamite!

Gracias también, por supuesto, a Dom Ramon Diaz e a su hijo Emiliano, hermanos argentinos que chegaram para ressuscitar um time combalido por dentro, pelas escolhas de um ceo torcedor adversário, que escolheu um treinador ruim e igualmente mulambo, todos sob o comando da empresa mais suspeita possível. Foi então mais um campeonato com o Vasco onde gosta o sistema, lá embaixo, brigando pra não cair, enquanto os deuses da Bola aproveitaram esta temporada para dar seu recado punindo, com ironia e requintes de crueldade, toda a ganância e a prepotência de um só clube, que no fim de 2022 ganhou Libertadores e Copa do Brasil e se achou tão bom, mas tão bom, que sua diretoria decidiu demitir o treinador campeão das duas competições.

E antes dessa demissão, e da contratação do treinador vice do demitido, esse clube que se acha tão bom conseguiu virar meme celebrando a conquista da Libertadores. “Real Madrid, pode esperar!”, gritou o diretor fanfarrão, gritou, levantou o braço e entrou pra história, pra sempre o grito será repetido pra encerrar qualquer discussão com framenguistas, e justamente o Real Madrid, o mesmo da fla-Madrid, primeira torcida arco-íris que se tem notícia, pelo menos no Rio, o mesmo Real pentacampeão europeu seguido, na época bi, derrotado por Orlando, Vavá, Sabará e cia em Paris, 1957, no primeiro confronto entre um campeão sulamericano e um campeão europeu, no primeiro intercontinental, de fato, de clubes, e pelo mágico placar de 4 a 3.

Quatro a três e com o Palmeiras envolvido, vencendo dessa vez, foi também o placar do primeiro dos cinco vices do queridinho no ano, antes do vice do vice no Mundial, perdendo pro Al Hilal e com os deuses da Bola continuando a brincar com as repetições, não só porque foi o mesmo Al Hilal de 2019, quando o queridinho tinha que chegar na final pra ser vice do mesmo Liverpool de 81, sem ninguém bêbado em campo dessa vez, e com o goleiro sem ter se vendido, mas também porque o técnico do glorioso Al Hilal era Ramon Díaz, que treinava o River Plate em 1998 no Monumental, contra o Juninho.

Na Recopa Sulamericana, seguiu-se a repetição com o mesmo Independiente Del Valle de 2019, o mesmo também que meteu 5 a 0 no então campeão supervarmengão em 2020, que assim entrou pra história como o clube que sofreu a maior derrota na Libertadores ostentando o título de campeão. E o vice dele pro Del Valle foi com requintes de crueldade parecidos com o Racing de 2020, nas oitavas da Libertadores, gol salvador no último minuto, êxtase, delírio nas arquibancadas superfaturadas e tungadas do Maraca pra depois perder nos pênaltis com o autor do gol salvador perdendo a cobrança fatal. A diferença é que contra o Racing, do gol de William Arão no tempo normal foi direto pros pênaltis nos quais Arão perdeu sua penalidade, enquanto que contra o Del Valle, entre o gol de Arrascaeta e o pênalti perdido pelo uruguaio teve ainda toda uma prorrogação, o que foi ótimo pro Vasco, no caso, porque três dias depois foi o primeiro Vasco x Varmengo do ano, quando Puma mostrou que, além de ter de melhorar na marcação, tem uma certa estrela e um tremendo de um pancadão.

Se vencesse o Vasco nesse jogo, o flamengo seria campeão da Taça Guanabara, mas com a derrota deixou o flu encostar e, na última rodada, ultrapassar vencendo o fla x flu no finzinho. Mais um vice amargo pro superpoderosão que, logo depois, perderia a final do carioca de quatro, sim, tomando de 4 do Fluzão que seria usado pelos deuses da Bola no fim do ano, para mais uma estocada neste time que tinha pretensões de ser dominante no futebol continental e não conseguiu ser isso nem no Rio.

Já o Vasco até que começou bem o campeonato Brasileiro, vencendo o Galo no Mineirão, com Andrey Santos se despedindo, deixando o primeiro gol do time e também seu primeiro, e único, na Séria A, e Gabriel Pec começando a despontar como o grande jogador do time, se contarmos só quem jogou o Brasileirão do início ao fim. Tiveram ainda bons jogos contra Palmeiras e Flu, dois empates no Maraca, até que começou a surtir efeito o trabalho do CEO mulambo que preferiu gastar mais dinheiro pra trazer Orellano e Pedro Raul, em vez de optar em gastar menos para repatriar Paulinho. O treinador torcedor do vice do Del Valle também começou a fazer das suas, primeiro com uma declaração das mais infelizes na derrota em casa para o Santos, reforçando a narrativa de que rebaixamentos roubados, orquestrados junto com golpes jurídico-midiáticos para manter mulambos no comando do Vasco, contam mais que a história, que títulos estaduais, nacionais, continentais e intercontinentais; e depois rindo de piadas idiotas de perguntadores flamenguistas após o Vasco treinado por ele ser goleado pelo vice da Supercopa, da Taça GB e, de quatro, do Carioca.

Vieram mais derrotas até o jogo fatídico contra o Goiás, e no Centenário do primeiro título dos Camisas Negras e de todos os nossos clássicos no Rio, todos com vitória como o primeiro deles, contra o Botafogo, em General Severiano, vencido por 3 a 1 pelos caras da foto ao lado, e um ano após o Centenário do acesso, às vésperas do Centenário da Resposta Histórica e a quatro anos do Centenário de São Januário, nosso estádio construído sem ajuda governamental nem parceria privada, contando somente com a força e o amor dos vascaínos, nascido como o maior da América Latina, foi atacado novamente, de novo, mais uma vez o gramado pisado por Fausto, Russinho, por todo o Expresso da Vitória, por Zé do Carmo, Mazinho e Juninhos materializando todo o ódio ao Vasco que, não mais sem consequências, não pode ser exprimido pelo racismo.

“(...) vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio”. Apesar do português confuso (onde houve comumente?) e da ausência de uma vírgula básica, o texto acima é de um juiz de direito, o juiz de plantão do Juizado Especial de Torcedores e Grandes Eventos escalado para o Vasco x Goiás. Um juiz que julga baseado em sua opinião, certamente de um torcedor do time eliminado pelo Olimpia nas oitavas da Liberta, derrotado pelo único campeão no ano, no mês e na semana do próprio Centenário, único, claro, além do Vasco. Um juiz torcedor de um time sem estádio, que julga sem base em dados, porque se fosse se preocupar com isso veria as estatísticas do Instituto Fogo Cruzado, informando que o número de tiroteios no entorno de São Januário em 2023 foi de 22, idêntico ao do Maracanã, sendo que nos arredores do bem público tungado pela dupla dos brasileiros entregados houve morte, ao contrário do estádio do Vasco.

Mais novo personagem do teatro de horrores do preconceito contra um só clube, o juiz, com seu parecer emocionado, entregou de bandeja ao promotor acusador, esse figurinha repetida. Não se tem notícia, no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), de qualquer pedido de destituição da diretoria do Flamengo pela tragédia do Ninho, dez mortes, de dez meninos. Em 2006, no entanto, o MPRJ, na entrada em cena desse promotor repetido, pediu a destituição da diretoria do Vasco por causa de pontos de venda de ingressos para a semifinal da Copa do Brasil entre Vasco e fluminense, aquela mesma decidida pelo artilheiro daquela Copa do Brasil, o saudoso e inesquecível Valdiram. Tinha X postos, era pra ter Y. Pronto. Tira a diretoria.

Na época, a diretoria atual do CRVG era oposição, e assim também em 2017, quando o juiz não marcou pênalti claro de Everton Ribeiro cortando com o braço levantado, dentro da área, o cruzamento de Nenê, quando o Vasco x flamengo em São Januário estava 0 a 0. Teve também gol anulado de Pikachu, com Daronco inventando falta no zagueiro lá atrás pra garantir a vitória do queridinho, que viria, por 1 a 0, e depois o quebra-quebra, a PM lançando bomba na direção da arquibancada vascaína e numa dessas coincidências incríveis, o mesmo promotor a postos, pedindo de novo a destituição da mesma diretoria, e não há registro também de pedidos de destituição de diretorias de grandes clubes de futebol nos MPs espalhados pelo País por conta de invasões de campo ou algo parecido. E agora, em 2023, claro que só pode ser mesmo coincidência, mas temos o mesmo promotor, contra o mesmo clube num caso igual ao de 2017, mas não contra a mesma diretoria. E o mesmo promotor continuou pedindo a interdição do estádio, mas não pediu a destituição da diretoria. Por quê?

O fato é que esse ano a perseguição ao Vasco ultrapassou os limites dos tribunais esportivos e a pena pelos distúrbios no jogo contra o Goiás avançou muito além das punições a outros times como, por exemplo, o Santos e a Vila Belmiro. Pra começar, o Vasco não pode jogar em seu estádio nem com os portões fechados, e assim conseguiu vencer o Cuiabá por 1 a 0 no estádio Luso-Brasileiro vazio, e quando pediu pra vender ingresso em São Januário só para mulheres, crianças e deficientes físicos e mentais em São Januário, entrou em cena uma desembargadora que decidiu que não havia como garantir que mulheres, crianças e deficientes físicos e mentais não iriam causar confusão no estádio. Chegou a isso, e diante disso até a mídia corporativa se viu obrigada a protestar contra o absurdo dessa situação, com o Vasco impedido de jogar em seu estádio e também no Maracanã, entregue de mão beijada pelo governo do estado à dupla fla x flu dos bons costumes. Foi num São Januário vazio, portanto, que Vegetti estreou fazendo o gol da vitória contra o Grêmio, três dias depois de chegar ao Rio, iniciando a virada do time que tinha, até ali, faltando duas rodadas pra terminar o turno, nove pontinhos.

Com Vegetti chegaram Maicon, Medel, Bruno Praxedes, Paulinho e, por último, Payet. Jogadores como Zé Gabriel e Paulo Henrique ressurgiram das cinzas e o time de Ramon e Emiliano Diaz foi avançando até sair da zona de rebaixamento com um gol no último minuto, de chilena, de Jair, no jogo atrasado, fora de casa, contra o América Mineiro. Àquela altura São Januário já havia sido liberado para receber público e já havia acontecido a enorme festa com goleada da primeira foto desse texto, lá em cima, 5 a 1 no Coritiba com dois de Vegetti, um de Pec, um de Rossi e o primeiro e mais significativo de todos, do improvável Zé Gabriel, com a camisa negra dos Camisas Negras e nas costas, o número 23.

Veio então o jogo contra o Santos na Vila Belmiro, com Soteldo fazendo o que fez, a gracinha subindo na bola e ali, juntando com a declaração do ex-treinador mulambo dizendo que o Santos era difícil de ganhar porque era um time que nunca tinha caído, os deuses da Bola, que já sabiam com certeza desde o início do ano do Centenário do Carioca de 1923 que o Vasco não seria rebaixado, devem ter decidido de vez qual time iria cair. Mas ali o Vasco voltou pra zona de rebaixamento e lá continuou com o empate contra o São Paulo, com Léo Jardim pegando pênalti pra salvar da derrota e caindo ainda mais nas graças da torcida. São Paulo, e essa foi mais uma graça do destino, treinado pelo campeão demitido pelo vice do Palmeiras, e que tinha acabado de proporcionar mais um vice ao queridinho, que assim, esse ano, retomou o título isolado de maior vice da história da Copa do Brasil, quando os deuses da Bola mostraram que não é qualquer time de outro estado, não, que ganha decisão do dono da casa no Morumbi.

Foi na vitória sobre o então líder Botafogo, com golaço de Paulo Henrique, que o Vasco deixou a zona do rebaixamento pra não mais voltar, no ano em que, provavelmente só para sacanear o supermengão que se achava imbatível, os deuses da Bola mostraram que ganhar essa Libertadores nutella, que nos últimos anos virou Copa do Brasil, não quer dizer muita coisa, porque essa Libertadores nutellinha pode ser conquistada até por times oriundos da terceira divisão do Brasil, e times da terceira divisão conseguiram também o que o mengão não conseguiu, porque o fluzão conseguiu passar da semifinal do Mundial, tudo bem que pra tomar de 4 na final, tomando gol aos 40 segundos de jogo e comemorando 15 minutinhos de toque de bola contra o Manchester City, mas conseguiu.

De quatro tomou o fluzão também do Vasco, a propósito, no campeonato que teve o momento mais emocionante no Vasco x América Mineiro em casa, com os dois filhos, já frequentadores das sociais, estreando na arquibancada de São Janu pra ver Roberto baixar no gramado e fazer Payet decidir como decidiu, de falta, no último minuto, no mesmo lugar e do mesmo jeito do último gol de falta da carreira de Dinamite, também contra um time chamado América, no caso, o de Três Rios. E na última rodada, na mesma arquibancada de São Januário, mas só com o filho mais velho, liberando o caçula da tensão absurda até os 37 minutos do segundo tempo, 
depois do golaço com desvio de Paulinho e do empate do Bragantino, veio o alívio com nova grande jogada de Paulo Henrique e o cruzamento para o predestinado Serginho, e no ano em que os deuses da Bola manifestaram mais uma vez sua predileção, dessa vez por linhas tortas carregadas de repetições e ironias, o Vasco não caiu.


Pitacos em itálico

Com a saída do amigo, Souza decidiu não voltar, até porque havia a mesma parte da torcida contra ele, mas prevalece a alegria pela volta do cria, alegria por ter visto Alex Teixeira jogando de novo com a camisa cruzmaltina, representando a geração dele, de Souza e de Alan Kardec, outro grande injustiçado na Colina, geração que teve o azar de despontar no ano ou às vésperas do primeiro golpe midiático-jurídico dentro do Vasco, golpe este que continua em curso, com a eleição, para presidente, de Pedrinho.

*O primeiro sentimento, sendo-se Vasco da Gama, tem que ser sempre de alegria, e foi com imensa alegria que este blog celebrou a volta do cria Alex Teixeira, no ano passado, a tempo de, mesmo fora de forma, chegando no meio do campeonato, ter sido fundamental na subida não só com os dois gols mágicos no Paraná, contra o Operário, mas também com o pênalti sofrido contra o Sport, em Pernambuco. Esse ano, começou bem o Carioca, com gols importantes contra Botafogo e Flamengo, e no Brasileiro, contra o Fluminense, se antecipou ao maravilhoso Dinizismo roubando a bola com velocidade difícil de ver aos 33, e entregando logo pra Pedro Raul fazer 1 a 0 antes do primeiro minuto de jogo, e o Vasco foi só 15 segundos mais lento que o Manchester City.

*O segundo sentimento, infelizmente, é de tristeza, triste ver como parte da torcida vascaína ainda leva em conta análises de especialistas que, curiosamente, volta e meia botam algum jogador importante pro time do Vasco, com história e qualidade, na berlinda. Foi assim com Martin Silva em 2018, ano justamente em que, depois de quatro temporadas de qualidade, com duas taças, GB e Rio, mais dois Cariocas, um deles invicto, ele defendeu os três pênaltis contra o Jorge Willsterman, que manteve o Vasco como um dos raros grandes times do Brasil que nunca foi eliminado nem em semifinal de Mundial de Clubes, nem em mata-mata de pré-Libertadores. Foi assim também com Pikachu e não foi diferente com Alex Teixeira, colocado na berlinda nas transmissões nos momentos mais difíceis, e assim boa parte da torcida, a mesma que é louca pelo Rossi, acreditou que não seria bom manter no elenco um jogador com essa qualidade, criado pelo clube, que voltou porque quis e só não foi maior na carreira porque o Shakhtar não aceitou vendê-lo ao Manchester United, a pedido de Sir Alex Ferguson, como vendeu ao Chelsea, o William.

*Com a saída do amigo, Souza decidiu não voltar, até porque havia a mesma parte da torcida contra ele, mas prevalece a alegria pela volta do cria, alegria por ter visto Alex Teixeira jogando de novo com a camisa cruzmaltina, representando a geração dele, de Souza e de Alan Kardec, outro grande injustiçado na Colina, geração que teve o azar de despontar no ano ou às vésperas do primeiro golpe midiático-jurídico dentro do Vasco, golpe este que continua em curso, com a eleição, para presidente, de Pedrinho. 

*Ganhando Pedrinho, na eleição online, continua a SAF 777 fazendo o que quer do Vasco, e com contrato blindado, podendo dar calote, pagar tudo atrasado e sendo tratada como superprofissional, com toda a condescendência e babação de ovo deslumbrada da mídia especializada. E continua a pairar a pergunta, diante da vergonhosa quitação a conta gotas do segundo aporte, de R$ 120 milhões, da empresa que se diz multimilionária: por que a diretoria não acionou a cláusula que protege o Club de Regatas Vasco da Gama no contrato com a 777 Partners? A 777 tinha até o dia 5 de setembro para fazer este aporte, descontando R$ 30 milhões ou R$ 15 milhões, vá saber, que teria pagado ao clube adiantado. Não fez o depósito, sem se preocupar em avisar nada ao Vasco, mas tinha 30 dias de carência para depositar a quantia de maneira integral, tudo de uma vez, diz o contrato, até 5 de outubro. Caso não fizesse, o Club de Regatas Vasco da Gama poderia acionar a cláusula que lhe devolve as ações não quitadas ao preço de módicos mil reais. E a SAF não fez o depósito integral, pagou só uma parte no dia 5 de outubro, então por isso fica a pergunta: por que a diretoria do clube não acionou a cláusula que protege o Vasco?

*Na quinta-feira, dia 5, data limite para pagar tudo, a 777 transferiu cerca de R$ 35 milhões ao Vasco. Portanto, nas primeiras horas da sexta-feira, 6, era só depositar R$ 1 mil e retomar 51% das ações da SAF para o clube associativo, que ficaria com 81%. A 777 teria ainda mais 30 dias para pagar o que faltava e assim recuperaria esses 51%. O detalhe é que esse mecanismo a empresa só pode usar uma vez ao longo de todo o tempo de contrato. Na próxima parcela, se houvesse novo atraso, no primeiro dia além do prazo de carência, era só o clube depositar R$ 1 mil e dessa vez não teria mais volta, a SAF voltava ao controle do Vasco. E a próxima parcela, a ser paga em agosto/setembro de 2024, é de R$ 270 milhões, a maior do contrato, que a 777 vai poder atrasar de novo e pagar pingado, porque a diretoria preferiu não acionar essa cláusula, se contentou com o pagamento de mais cerca de R$ 35 milhões na sexta-feira, 6, e com a promessa de quitação do restante na terça-feira, 10. A mesma diretoria que ficou no vazio durante o paga, não paga, pinga, não pinga do segundo aporte, sem ser informada, sem saber de nada, a mesma diretoria que já tinha sido ignorada quando a 777 Partners decidiu tirar US$ 5 milhões do Vasco pra botar numa financeira de seu grupo, essa diretoria, diante desse comportamento da SAF e de todas as suspeitas, algumas comprovadas, que têm pairado sobre ela, poderia ao menos garantir o pagamento sem atraso do maior aporte do contrato, era só depositar R$ 1 mil. Então, de novo, pra concluir, mais perguntas: pra que dar essa colher de chá à 777? Por que a diretoria do clube não acionou a cláusula que protege o Vasco no contrato com a SAF? 

domingo, 20 de novembro de 2022

Como há cem anos


E no primeiro jogo no Caldeirão sagrado com a estátua do artilheiro máximo da Cruz de Malta, artilheiro maior do campeonato brasileiro em todos os tempos e assim também do campeonato carioca, (...) no gol exato da estátua ali inaugurada explodiu um novo garoto dinamite, Figueiredo, fazendo o gol inaugural de seus quatro, até aqui, como profissional do Vasco, todos golaços, e o primeiro deles no jogo que sacramentou a entrada do clube, para não mais sair, no G quatro.

Então Thiago Rodrigues fechou o gol como Acácio no Morumbi em dezembro de 89, como Carlos Germano no Maraca no mesmo mês, em 97, como Helton no Monumental de Nuñez em 2000 e como Barbosa, contra o mesmo River, no solo sagrado do Estádio Nacional de Santiago, ao pé da Cordilheira dos Andes, em março de 1948, antes de todos os outros títulos continentais da história, de todo o planeta, de todos os clubes. Então Nenê converteu o pênalti como Roberto em 77, como Romário, Jorginho Paulista, Viola e os Juninhos no campo do Rosário, contra o Rosário Central em solo argentino, duas fases antes daquela que seria a maior virada de toda a história desse tal de futebol.

E o pênalti foi convertido porque antes trombou Raniel com o goleiro, da mesma maneira que já tinha trombado contra o mesmo Ituano em São Januário, e também contra o Londrina, numa das vitórias mais importantes de todo o campeonato, e da mesma forma que certamente trombou Ismael, igualmente centroavante e negro, contra peruanos, bolivianos, equatorianos, chilenos, uruguaios e argentinos, fazendo gol decisivo como o do 1 a 0 contra o Emelec, ou abrindo caminho para outros de Lelé, Ademir, Friaça e Danilo no maior, para sempre, de todos os títulos. E negro como eles, Raniel e Ismael, também atacante, trombou antes Claudionor Corrêa, o Bolão, antes de todos os outros, trombou com os zagueiros adversários há cem anos, com a camisa vascaína.

Há cem anos o Vasco subia à divisão principal do futebol de seu estado pela primeira e última vez com o pessoal da foto ao lado, e esse de chapéu branco no meio, acima do lendário goleiro Nelson e negro como ele, mais forte, mais alto, justificou a marra da foto sendo o artilheiro do Vasco no certame, autor de quatro gols, simplesmente, no jogo que sacramentou o acesso, 8 x 3 no Carioca, no gramado da Rua Moraes e Silva, ancestral do quase centenário caldeirão de São Janu. Claudionor Corrêa, o Bolão, atacante em 1922 e meia, volante, jogando mais recuado contra os tais Flu, Fla, Bota, América e outros times da burguesia branquinha criada em Paris, ajudando o Vasco dos negros, dos portugueses sem entrada nos salões com rapapés e vitrais, a ganhar de todos eles, logo de cara, direto da segunda pra vencer o campeonato da primeira, com Nelson ainda no gol, mais Leitão e Mingote, Cláudio, Oitenta e Quatro, Torterolli, Paschoal, Negrito e no meio, gigante, origem da linhagem de Fausto, Danilo, Alcir, Dunga, Mazinho, Zé do Carmo, Allan e Douglas Luis, Claudionor Corrêa, o Bolão.

Então Andrey Santos, último e atual dessa linhagem de volantes craques, foi expulso, assim como Nelson nada craque em 97, antes do hat-trick com letra e tudo de Edmundo e de Maricá sacramentando o rival goleado, de quatro, assim como Júnior Baiano em 2000, pra tornar mais inacreditável ainda a maior virada de todos os tempos, contra o campeão brasileiro da Série A de 2022, time com o mesmo nome do último adversário do certame de 1922, o saudoso Palmeiras carioca, vencido pelo Vasco por cinco a zero no campo do Andaraí, com dois de Torterolli, um de Cardoso Pires, outro de Negrito e mais um dele, Claudionor Corrêa, o Bolão.

E no primeiro jogo no Caldeirão sagrado com a estátua do artilheiro máximo da Cruz de Malta, artilheiro maior do campeonato brasileiro em todos os tempos e assim também do campeonato carioca, jogo, a propósito, dos mais importantes do campeonato, contra o todo poderoso Bahia, primeiro de todos os campeões brasileiros da história, exatamente no gol onde foi feita finalmente a justiça da balança, de um lado este que no Brasil é inigualável, do outro, simplesmente, o maior fazedor de gols em jogos oficiais do mundo da história, maior que Pelé, Maradona, Puskas, Cristiano Ronaldo, Gerd Muller e Eusébio, Roberto Dinamite e Romário, os dois criados em São Januário, eles que jogaram juntos e graças a todos os deuses da Bola por ter tido idade pra ver isso ao vivo em 1985, em 86 e, principalmente, em 87, e cada um atrás de um gol do estádio histórico, lendário, muito mais do aquém do além do sagrado, e nesse estádio, no gol exato da estátua ali inaugurada, explodiu um novo garoto dinamite, Figueiredo, fazendo o gol inaugural de seus quatro, até aqui, como profissional do Vasco, todos golaços, e o primeiro deles no jogo que sacramentou a entrada do clube, para não mais sair, no G quatro.

Há cem anos, Claudionor Corrêa, o Bolão, vindo do Bangu pra virar lenda no Vasco, fez os dois gols na vitória fundamental contra o Vila Isabel, então nosso maior adversário, único a nos vencer, um a zero no turno do campeonato, e no returno a virada, dois a um, do futuro time da virada, assim como foi de virada, a única em São Januário, a sofrida vitória sobre o Criciúma com Caldeirão sempre lotado, no jogo em que mais ficou clara, nítida, a vontade dos deuses da Bola, cem anos depois de Bolão, sobre o desfecho do campeonato, jogo esse no qual mais uma vez foi decisivo um jogador de 41 anos, ainda evoluindo pelos gramados, e que faria dois gols num jogo só também, contra o Brusque em casa, os dois de bola rodando e o toque de maestro, canhoto, craque.

Então Nenê recebeu a assistência meio que escorregando de Edimar, que certamente teve ajuda no lance de Orlando Lelé, de Coronel e de Jorge, e muito provavelmente também do sujeito na sua posição há cem anos, Nolasco. Recebeu no reflexo, porque só deu tempo de deixar a testa na direção da bola e o resto ficou com os deuses da bola que tocou no zagueiro, desviou do goleiro e entrou de mansinho. Então Fábio Gomes, no máximo esforçado, subiu com a perfeição de um Ademir de Menezes, testou com o faro de gol de Vavá e, por que não, com a estrela de Claudionor Corrêa, o Bolão, e até o especialista, na transmissão, afirmou que alguém lá em cima queria muito o acesso do Vasco.

E se o Nacional do Uruguai tem para sempre um lugar guardado no coração de todo vascaíno conhecedor da história, pelos três a zero aplicados no todo poderoso River, La Máquina, que nos garantiu a vantagem do empate na decisão da primeira taça continental de todas, assim também deve acontecer com o saudoso Americano, não o de Campos, mas do Engenho de Dentro, único time a conseguir empatar com o nosso, há cem anos, e que tomou um a zero do Vila Isabel num pênalti no comecinho, mas conseguiu virar, dois a um, para dar a liderança finalmente, a quatro rodadas do fim do certame, ao Vasco.

Há cem anos, no segundo jogo mais importante do campeonato, contra o querido Americano do Engenho de Dentro, na partida anterior à da garantia da taça Claudionor Corrêa, o Bolão, fez novamente os dois gols da vitória, dessa vez por dois a zero, e dois gols fez também, no momento crucial da primeira virada do time da virada, fora de casa, a melhor notícia recebida durante a temporada, o cria craque, Alex Teixeira, finalmente de volta. Voltou porque quis, simples assim, aceitando o que o Vasco tinha pra oferecer e claro que foi criticado por estar fora de forma, claro que teve um gol anulado, embolado, sem dar pra vaticinar nada com certeza, daqueles que são anulados ou não, a depender da camisa e da importância do fato, e o gol de Alex Teixeira, que seria o do empate contra o Brusque no jogo da volta, claro que foi anulado, mantendo a sequência negativa recorde fora de casa, que só seria quebrada pelo próprio Alex Teixeira nos quase inacreditáveis, não fosse o Vasco o Vasco, três a dois no Operário, naquela que o blog considera a maior vitória do campeonato.

Então Raniel foi xingado, vaiado, assim como o foi Thiago Rodrigues após a doída derrota, única em casa, para o Sampaio, mostrando o lado ruim dessa torcida que carregou o time, de fato, em diversos jogos do campeonato. Raniel já tinha decidido contra a Macaca, contra o Londrina e o Criciúma, ambos fora de casa, além de já ter evitado derrotas para o CRB, fora, e para o Ituano e o Vila Nova em casa, e ainda assim começou e continuava a ser intensamente vaiado, xingado pela mesma torcida que já ofendeu com a mesma raiva, o mesmo ódio, Fabrício, Cristóvão Borges e Diogo Silva, sempre, infelizmente, o ódio maior direcionado a um jogador ou treinador negro.

E Raniel, simplesmente, depois de ser intensamente vaiado, xingado, fez o gol mais importante do acesso, batendo pênalti no último minuto, fora de casa, contra toda a torcida adversária, gol que seria raro, porque sendo do empate, valeu a vitória, graças ao ódio dessa vez do adversário. De quarto passamos a ser, após a decisão do STJD, terceiro colocado, mesma posição de 2014 e 2016, numa campanha de altos e baixos, com a experiência dos fortes, não necessariamente craques, e os deuses da Bola, mais uma vez, fazendo surgir ou amadurecer, de uma só vez, Andrey Santos e Figueiredo, já aqui falados, e Marlon Gomes, Pec e Eguinaldo, crias como Alex Teixeira e, poucos sabem, também o capitão Anderson Conceição, todos, crias ou não, no ataque, no meio ou na contenção, todos sucessores de Claudionor Corrêa, o Bolão.

Em 1922 Bolão anotou 15 gols em todo o campeonato, e em 2022 os deuses da Bola decidiram que acontecesse o que acontecesse, pandemia, terremoto ou SAF, um dos clubes da Série B a subir para a Série A de 2023, cem anos depois de 1923, teria de ser o Vasco.

Pitacos em itálico

E a semifinal do campeonato calhou de ser flamengo e Vasco e no jogo de ida, 0 a 0 até que o varmengo cruza a bola na área, a disputa no alto, embolada, e dá pra acreditar que uma semana depois da polêmica contra o Vasco, num lance praticamente idêntico o var então agiu e viu, sem sombra de dúvida, o pênalti marcado para o queridão da Gávea? Sim, dá pra acreditar, claro, e ninguém achou estranho entre os especialistas, ninguém nem lembrou do lance não marcado a favor do Vasco, só os comentários de praxe sobre a imensa superioridade técnica do time deles em relação ao Vasco, em mais uma vitória pela diferença mínima, com a ajuda fundamental da arbitragem.

*E o primeiro comentário do especialista loirinho, branquinho, ex-jogador mediano alçado por alguns empolgados à condição de craque, diante da invasão da torcida do Sport que arrombou o portão e, entre outras atrocidades, esmurrou e chutou uma enfermeira indefesa, que socorria feridos no gramado, diante disso o primeiro comentário do especialista louro, branco e privilegiado foi condenando o autor do gol, coincidentemente negro, por comemorar diante da torcida adversária com as mãos nos ouvidos, um gol, a propósito, importante pra, com o perdão da palavra, caralho. E mesmo que depois muitos outros especialistas tenham saído em defesa de Raniel dizendo acertadamente que nunca, jamais, ele poderia ser alçado a protagonista do lamentável fato, mesmo com o óbvio ululado, reiteradamente falado, Raniel foi expulso pelo juiz e pegou, de cara, sem contestação, dois jogos, mostrando o quanto é forte, certo ou, como nesse caso, errado, o quanto é poderoso um primeiro comentário.

*E bem antes, logo após o Campeonato Carioca, a mídia especializada achou uma equivalência entre 1922 e 2022, sem falar nada do título da segunda divisão carioca do Vasco. Pois a mídia especializada conseguiu juntar 22 e 22, cem anos depois, como os dois únicos anos nos quais o Vasco não venceu um clássico, mas como clássico em 1922, se todos os outros grandes do Rio não disputaram este ano o mesmo campeonato que o nosso, se todos sabemos que Flu, Fla e Botafogo jogaram pela primeira vez contra os Camisas Negras no ano da graça de 1923, primeira participação e primeiro título no campeonato carioca do Vasco? Pois a flapress é marota, malandra, e se não fala nunca do Sulamericano de 48, se considera uma vitória sobre escoceses bêbados com um goleiro vendido mais Mundial que os 4 a 3 no pentacampeão continental Real Madrid de Di Stéfano e cia, em solo europeu, durante este pentacampeonato, é mole pra eles inventar que o primeiro Vasco x flamengo não foi o 3 a 1 de virada em 1923 com Bolão também em campo, não, foi, na verdade, o único clássico que o Vasco jogou em 1922, uns 15 minutos de uma pelada de torneio início contra o supermengão que venceu por 1 a 0 e disso eles lembram, claro, na vã tentativa de mudar a história, sempre contra o Vasco.

*E no jogo da Taça Guanabara com o superqueridinho da mídia e do var, o Vasco, pra variar, teve um pênalti não marcado. Dois a um pra eles e no último lance o cruzamento, a disputa no alto e a bola no braço do defensor da Gávea. Pênalti? Var em ação? Não, nada, segue o jogo e ficou o placar de 2 a 1, golaço de Pec para o Vasco. E a semifinal do campeonato calhou de ser flamengo e Vasco e no jogo de ida, 0 a 0 até que o varmengo cruza a bola na área, a disputa no alto, embolada, e dá pra acreditar que uma semana depois da polêmica contra o Vasco, num lance praticamente idêntico o var então agiu e viu, sem sombra de dúvida, o pênalti marcado para o queridão da Gávea? Sim, dá pra acreditar, claro, e ninguém achou estranho entre os especialistas, ninguém nem lembrou do lance não marcado a favor do Vasco, só os comentários de praxe sobre a imensa superioridade técnica do time deles em relação ao Vasco, em mais uma vitória pela diferença mínima, com a ajuda fundamental da arbitragem.

 *E depois de decidir contra a eleição online para presidente do varmengo, a Justiça do estado do Rio de Janeiro deu nova decisão semelhante, dessa vez referente ao pleito para presidente do freguês eterno dos vitrais das Laranjeiras, dizendo também que o clube sem títulos internacionais tem soberania para decidir os próprios destinos sem a interferência do Judiciário que há 20 anos interfere na eleição do Vasco, Judiciário que, a respeito do nosso clube, aceitou, ratificou e oficializou a eleição numa enquete online feita por empresa suspeita, que abriu caminho pro novo Vasco comandado, agora, por um flamenguista, o Vasco da SAF.

*Nada que mude, graças aos deuses da Bola, a história passada, inigualável, do Vasco, que começa a ser contada como deveria, nas telas, primeiro pelo vascaíno Marco Antonio Rocha, camarada, com a ótima ideia do filme sobre o Sulamericano de 48, um título único, inigualável, que paira, sozinho, na categoria do lendário. E gente ainda mais famosa, como Lázaro Ramos e Taís Araújo, com a retaguarda da Amazon, está prestes a levar ao streaming a história mais bonita do futebol, dos Camisas Negras aí em cima, bicampeões cariocas nos nossos dois primeiros campeonatos e antes, há cem anos, heróis do nosso primeiro acesso, com Clauidionor Corrêa, o Bolão aí de boina, tirando onda deitado ao lado do goleiro Nelson.

O Vasco, a imprensa e um blog no meio

Vassalo de nobrezas perdidas, a valorizar vitrais e troféus por bom comportamento, entregues por príncipes em nome da fidalguia, o Flum...