E chegou enfim o dia das opções infinitas na série proposta por este blog, de, a cada jogo do Vasco, pinçar um erro crasso de arbitragem contra o time de sempre, a favor do adversário da vez. E como são tantos e tão diversos os erros a favor do Flamengo e contra o Vasco, pra falar de um apenas escolhemos falar de dois, dois pênaltis escandalosos não marcados pelo mesmo juiz em dois jogos, um no turno, outro no returno, dois empates, quatro pontos perdidos no apito do mesmo árbitro que dariam ao clube nada mais nada menos do que um pentacampeonato nacional, e que para o juiz em questão renderam até premiação.
Tem de tudo, e muito.
Tem bola entrando mais de 30 centímetros na cara do juiz de linha, tem
ladrilheiro posto pra dentro do gramado pela diretoria, tem cortadas de
defensores dentro da área, mergulhos do mesmo lateral durante nove, dez anos,
jamais contados pela mídia, tem as expulsões providenciais, se for preciso até
com encenação do árbitro simulando agressão, tem de tudo, e muito, quando o
assunto envolve Vasco, Flamengo e arbitragem.
E chegou enfim o dia
das opções infinitas na série proposta por este blog, de, a cada jogo do Vasco,
pinçar um erro crasso de arbitragem contra o time de sempre, a favor do
adversário da vez. E como são tantos e tão diversos os erros a favor do
Flamengo e contra o Vasco, pra falar de um apenas escolhemos falar de dois,
dois pênaltis escandalosos não marcados pelo mesmo juiz em dois jogos, um no turno,
outro no returno, dois empates, quatro pontos perdidos no apito do mesmo
árbitro que dariam ao clube nada mais nada menos do que um pentacampeonato
nacional, e que para o juiz em questão renderam até premiação.
O nome dele é Péricles
Bassols e no primeiro jogo ele até começou bem, cometendo a raridade de
expulsar um jogador rubro-negro no começo do jogo, sem tirar junto um atleta do
Vasco. Também seria um tanto além do ridículo habitual não expulsar Welinton
depois de o zagueiro flamenguista perder a bola bisonhamente pra Diego Souza e
dar uma rasteira por trás do atacante vascaíno, que partia livre na meia-lua da
grande área, sem ninguém entre ele e o goleiro que dali a três anos admitiria,
sincero, achar mais gostoso ganhar roubado.
O Flamengo tinha
Ronaldinho Gaúcho na descendente e, como hoje, era incensado pela mídia
especializada como elenco estelar, com Welinton de titular, favorito a tudo, ao
Brasileiro principalmente. O Vasco era campeão da Copa do Brasil, tinha Felipe,
Juninho Pernambucano, Diego Souza, Dedé e, com um a mais, massacrou o
adversário o jogo todo até que todos viram do gramado o técnico Ricardo Gomes
ser levado de ambulância, à beira da morte.
O time absorveu o baque
e continuou a imprensar o megaultrafavoritaço ao campeonato no campo dele,
acuado, tomando bola na trave, vendo o goleiro salvar uma, duas, até que no
último minuto Bernardo recebe na área, domina e toma no tornozelo o carrinho de
Léo Moura, o mesmo de tantos pênaltis conquistados em mergulhos de aqualouco, nunca
sequer questionados pelos especialistas. Péricles Bassols nada marca, o jogo
termina 0 a 0 e no returno, numa dessas coincidências de falar ‘puxa, que
coincidência’, o mesmo Bassols é escalado para o Vasco x Flamengo da última
rodada do campeonato, na qual os dois times chegaram em situações inversas, de
acordo com as previsões iniciais dos especialistas.
O Flamengo não tinha
mais chances de título e precisava desesperadamente de um ponto que fosse pra
garantir vaga na pré-Libertadores. O Vasco, apesar do pênalti não marcado por
Bassols no primeiro turno, apesar dos gols anulados de Diego Souza contra Santos,
Fluminense e Figueirense, dos pênaltis não marcados contra o mesmo Santos, contra
o Palmeiras, o Inter, o São Paulo e o Bahia, apesar de tudo isso o Vasco
chegava à última rodada brigando, ainda, pelo campeonato, e começou o jogo
dominando de novo, amplamente, e abrindo logo o placar em cabeçada de Diego
Souza.
Domínio total,
absoluto, e no fim do primeiro tempo Diego Souza invade a área e é puxado de
maneira gritante por Willians, com a faixa branca da camisa do vascaíno avançando
muito além da largura do calção preto. Perto do lance, sem ninguém entre ele e
a cena, Bassols de novo nada marca. No segundo tempo, talvez pra compensar o
inevitável cartão vermelho a Welinton no primeiro turno, o juiz expulsa Jumar,
deixando, pela milionésima vez, o Flamengo em vantagem numérica no confronto.
O jogo termina
empatado, o Corinthians fica com o campeonato e o Flamengo consegue a vaga pra
dar mais um vexame internacional, a primeira das três eliminações seguidas na
fase de grupos da Libertadores. Já o digníssimo árbitro, por ajudar, com seus
erros claros, a decidir o campeonato, recebe o escudinho de juiz da Fifa sem um
comentário sequer, nem um questionamentozinho da mídia especializada, que
também logo abafou as denúncias do juiz que perdeu o escudinho pra Bassols, que
saiu falando em esquema de resultados e citando diretamente o time campeão.
Bassols ostentou, certamente
garboso, seu escudinho Fifa por cinco anos, até perdê-lo em janeiro deste ano,
quatro anos antes da aposentadoria forçada. Hoje, o juiz brasileiro mais antigo
no quadro da Fifa é Ricardo Marques Ribeiro, que apitou aquele Vasco x
Chapecoense da arrancada da reta final de 2015, no Maracanã, aquele do pênalti
marcado com a bola batendo na cintura de Rodrigo, e do pênalti não marcado pro
Vasco logo depois, com o braço levantado do defensor da Chape cortando a bola
na cara do bandeira. Ricardo Marques Ribeiro é também o juiz escalado para o
clássico de hoje, no Maracanã, em que o Vasco pode passar o Flamengo na tabela,
tudo, claro, numa coincidência danada.