A mídia já exibiu um perito afirmando que uma bolinha de papel podia matar, usou o “especialista” pra gritar isso no Jornal Nacional, ao vivo, sendo seguido por jornais e revistas. Agora, a mídia arrumou um matemático pra falar que é menor do que ganhar na loteria a chance de uma urna com sócios escolhidos a dedo pela oposição, cujos votos a oposição quer anular porque sabe que são maciçamente da situação, é mais fácil acertar quinas ou senas do que 90% dos votos dessa urna serem, ora pois, do presidente Eurico Miranda, diz o especialista da vez, a encaixar sua tese nos mais sinceros desejos do jornal da entrevista, que com a mesma profundidade de escarradeira de dentista repete a tese em caixa altíssima, na capa, e outros jornais botam isso também na primeira página, e é nesse nível de imbecilidade coletiva, abalizada por um tal matemático, que se dá o “debate jornalístico” sobre quem deve presidir o Vasco.
Esse texto está sendo escrito em meio à
mudança da família, necessária, trabalhosa, que ainda não terminou tendo
mobilizado, já, um caminhão e dois fretes entre Botafogo, Ramos, Jardim
Botânico e aquele bairro que tem o nome do time que este ano foi vice da Copa
do Brasil adulta e da Copa do Brasil Sub 20, coisa
inédita. A mudança continua, agora só de carro mesmo, e junto tem a saúde da
mãe demandando mais presença e as desculpas estão dadas, espero, pela quebra na
rotina de publicações deste blog tão disciplinado quanto um surfista amador
californiano.
Não deu pra escrever o texto do erro de
arbitragem prejudicando o Vasco contra o Vitória, que seria o gol legal anulado
de El Demolidor Tenório no Brasileiro de 2013, quando o Vitória vencia por 1 a
0 no Barradão. O juiz, por acaso, era o mesmo do domingo retrasado, quando o
rubro-negro baiano se disfarçou de Barcelona e ficou encurralando o Vasco o
jogo todo, dentro do Maracanã, até o mais que esperado gol do André Lima.
Também não foi possível falar dos dois erros
da arbitragem no mesmo jogo contra o Santos, na mesma Vila Belmiro, incluídos
no pacotão do apito contra o Vasco do Brasileiro de 2011 que, além de dar o título ao segundo maior
beneficiado da história, ajudou a colocar o maior dos beneficiados mais uma vez
na Libertadores, pra mais um vexame dos mais engraçados, como já foi dito no
texto anterior. O gol anulado de Diego Souza por ele ter roçado no marcador ao
subir pra cabecear e o pênalti do braço de Durval desviando o cruzamento dentro
da área foram ofuscados, da mesma forma que a vitória estupenda de
quarta-feira, de virada, com dois golaços, um da revelação, outro do craque, na
mesma Vila Belmiro onde até de cinco o Vasco já ganhou, mas não ganhava desde o
show do inconstante Moraes em 2006.
Não há outro assunto
sobre o Vasco para a mídia em geral que não se refira às eleições da última
terça-feira, que remetem, aliás, ao ano da penúltima vitória sobre o Santos na
Vila. Foi nas eleições de 2006 que a mídia entrou de sola, de mãos dadas ao
Judiciário cabralino, submisso ao governador da época, hoje preso, mas preso só
depois de se reeleger e eleger seu sucessor, sob o beneplácito dessa mesma
mídia hoje tão combativa, que não se cansa de mostrar, só agora, o quanto roubou a trupe do ex-governador.
A estratégia de 2006
foi a mesma que está sendo usada agora, a da urna suspeita, e disso o blog
aqui, modéstia à parte, pode falar de carteirinha, pode rebater de voleio, de
primeira, direto pras cestas do lixo jornalístico as mentiras, as informações
desbaratadas, as denúncias e ofensas sem provas dos especialistas que só ouvem
um lado, ignorando uma regra aprendida no primeiro ou segundo dia de aula em
qualquer curso de jornalismo, desde quando o diploma algo valia.
Por força do acaso, o autor destas linhas esteve no centro da patacoada de denúncias sem
provas que marcou a história recente das eleições no Vasco, desde o golpe
jurídico-midiático de 2008, dado nos tribunais da quadrilha do guardanapo. Isso
porque quem deu de presente a condição de sócio proprietário bronze no colégio
ainda, aos dezesseis anos, foi uma tia-avó querida, que comprou o título no
táxi, do próprio taxista que a transportava e queria passar adiante as parcelas
restantes pra quitar o título, isso em 1988, ano do gol do xará, Luis Edmundo
Lucas Cocada.
Um problema na
mudança de nome do título embaralhou a numeração durante anos e, por isso, na eleição
de 2006, meu voto foi depositado na tal urna em separado, onde a oposição dizia
só haver fantasmas, mortos, votos comprados, a mesma ladainha repetida pela mídia
com a mesma fé inabalável de hoje, fé na ignorância completa dos consumidores
de suas “informações”, repetindo ainda, as mesmas cascatas.
Em 2006 os jornais,
rádios e tevês chegaram a afirmar mais de uma vez, dezenas de vezes, no mínimo,
que um laudo de arbitragem jurídica contratado pela oposição era uma decisão da
Justiça. E como dado curioso, que não quer dizer muita coisa, o escritório
contratado pra afirmar que eu, como sócio votante na urna maldita, era um
fantasma ou coisa parecida, esse escritório é do filho da inquilina da casa de
nossa família em Petrópolis, na Região Serrana do estado, sujeito conhecido
desde a infância. Conhecido e advogado, perito em arbitragem e contratado pela
oposição pra produzir o laudo que chegou exatamente ao resultado desejado pela
contratante e que a mídia afirmou várias, dezenas de vezes que era uma decisão
da Justiça, com a segurança de quem confia na imbecilidade de seus leitores,
espectadores etc..
O laudo condenando a
urna suspeita de 2006 é mentiroso e nenhum outro jornalista está em posição
melhor que a minha pra afirmar isso, porque falo o que falo de dentro da tal urna,
tomado que fui como fantasma justamente no período mais assíduo como sócio,
quando mantinha o hábito de nadar na piscina do Calabouço, às margens da Baía
da Guanabara, joia imobiliária quase trocada por metade de um charque nos
confins de Vargem Grande, pela mesma gente que, agora, usando a mesma
estratégia da urna suspeita, com a mesma parceria da mídia, tenta retomar o
Vasco deixado por eles em ruínas, com as dívidas triplicadas.
A urna suspeita da
vez, agora, mobilizou até um matemático, e o jornalista, avesso crônico às
ciências exatas, só de pronunciar ou escrever a palavra ma-te-má-ti-co já acha
que tudo que sai dali é a luz, inclusive a teoria tacanha, dois metros abaixo
da boçalidade, engendrada pelo tal matemático pra garantir a manchete desejada.
A mídia já exibiu um
perito afirmando que uma bolinha de papel podia matar, usou o “especialista” pra
gritar isso no Jornal Nacional, ao vivo, sendo seguido por jornais e revistas.
Agora, a mídia arrumou um matemático pra falar que é menor do que ganhar na
loteria a chance de uma urna com sócios escolhidos a dedo pela oposição, cujos
votos a oposição quer anular porque sabe que são maciçamente da situação, é mais
fácil acertar quinas ou senas do que 90% dos votos dessa urna serem, ora pois,
do presidente Eurico Miranda, diz o especialista da vez, a encaixar sua tese
nos mais sinceros desejos do jornal da entrevista, que com a mesma profundidade
de escarradeira de dentista repete a tese em caixa altíssima, na capa, e outros
jornais botam isso também na primeira página, e é nesse nível de imbecilidade
coletiva, abalizada por um tal matemático, que se dá o “debate jornalístico”
sobre quem deve presidir o Vasco.
A mídia podia
mostrar melhor quem é o candidato que ela quer ver presidindo o Vasco. Podia
esclarecer as inúmeras dúvidas que pairam sobre tal personagem, onde trabalhou,
se trabalhou mesmo, o que fez, quando, se há ou não questões na Justiça
referentes a mensalidades da escola do filho dele, podia esclarecer tudo isso,
mas não o faz. A mídia podia lembrar quem apoia tal candidato, o que fizeram
todos esses apoiadores quando tiveram a chance, dada pelo primeiro golpe
jurídico-midiático, de 2008, de comandar o Vasco, mas não.
A mídia que previa a
luta até o fim, difícil, quase impossível contra o rebaixamento assiste
embasbacada aos golaços dos moleques da base e prevê agora, a quatro jogos do fim
com chance zero de queda, que Libertadores, pro Vasco, só com G8 ou G9. E há os
vascaínos que acreditam, leem os erros de grafia e concordância dos jornais,
ouvem o comentarista flamenguista e abaixam a cabeça facilmente convencidos,
sim, certo, pensam, o Vasco está muito mal, e então gritam juntos, todos muito
revoltados, regidos pela flapress pra pedir a volta da gente que rebaixou o
Vasco em todos os sentidos, no campo e nas cotas de TV, que destruiu as
piscinas, o ginásio, perdeu o Centro de Treinamento por não pagar aluguel, abandonou
outro CT para a base, que destruiu os alojamentos da base que acabou
terceirizada, fatiada, que viu morrer um menino dessa mesma base terceirizada,
em campo, num treino, sem um ai da mídia contra tal administração, da mesma
gente que a mesma mídia quer ver de volta ao Vasco, agora com a ajuda risível,
de tão pueril, de um matemático.
E com esse segundo
golpe contra o Vasco em marcha, com a necessidade primordial de gritar contra
mais esse ataque de mídia e Judiciário contra a soberania do maior clube do Rio
de Janeiro em títulos continentais, patrimônio e história, ficou em segundo
plano de novo o jogo de ontem, no qual São Januário voltou a ficar lotado, em
festa, e no qual ficou provado que certos jogadores não podem ganhar
musiquinhas ou gritinhos particulares da torcida. Uh, uh, uh..., grita a
torcida pra Jean, que ontem resolveu entrar com pé de moça numa dividida na
entrada da área do Vasco, o que gerou o gol do São Paulo.